A definição de um diferencial
Certamente, muita gente ainda lembra um tempo não muito distante em que um documento importantíssimo para quem quisesse ser um sucesso na vida era o diploma de datilografia.
O diploma de datilografia era um canudo amarrado com fita vermelha, que vinha escrito em letras góticas. Era um documento que o candidato a emprego não carregava, exibia. Alguns até mandavam fazer um quadro e penduravam na parede do escritório.
Existiam milharem de escolas de datilografia no Brasil. Cada cidade tinha a sua escola, e elas promoviam concursos públicos para ver quem datilografava mais rápido. Os mais prendados chegavam a 180 toques por minutos sem nenhum errinho. Aí vieram os computadores, a internet, o e-mail, e da noite para o dia as escolas de datilografia sumiram do mapa.
De repente, saber bater a-s-d-f-g- com os dedos certos deixou de ser importante para o futuro. Hoje, uma criança aprende a digitar em um teclado antes mesmo de aprender a ler. E batuca só com os dois dedos, porque, afinal de contas, um “a” é um “a”, com o sem diploma.
Ainda existem milhares de datilógrafos pelo Brasil afora. O que não existe mais é o orgulho de exibir o diploma de datilografia. Até pode ter virado peça de museu, ou objeto de piada, mas o que um dia significou, continua valendo até hoje. O diploma de datilografia nada mais era do que um documento que comprovava ser seu portador uma pessoa que se diferenciava dos demais candidatos a emprego.
Cada época tem o seu canudo. Ontem, foi o diploma de datilografia. Hoje é o MBA.
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